quinta-feira, 11 de abril de 2013

Entrevista do Professor Emídio Gomes - Jornal de Negócios

Reproduzimos para memória futura a esclarecedora entrevista do Diretor da ESB ao Negócios, sobre a parceria em estudo entre a Católica Porto e o Instituto Politécnico do Porto (IPP).


Emídio Gomes: “Católica e Politécnico têm ambos a ganhar”
10 Abril 2013, 23:15 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

O director da Escola Superior de Biotecnologia da Católica garantiu que os 1.400 alunos e investigadores que frequentam o “campus” da Asprela irão permanecer naquele local, mesmo depois da venda de imóveis acordada com o Instituto Politécnico do Porto por 7,2 milhões de euros.
Em entrevista ao Negócios, Emídio Gomes explicou que o equipamento da universidade privada tem “espaço suficiente” para acomodar os alunos duas instituições de Ensino Superior, uma vez que está “sobredimensionado”. A transferência, que depende do aval da tutela ao negócio, só deverá acontecer em 2014.

Que impacto terá nos alunos a venda do campus da Asprela?
Uma eventual parceria com o IPP, a ser concretizada, não coloca em causa, de modo e em momento nenhum, a continuidade das actividades de ensino e investigação da Escola Superior de Biotecnologia. Não há negócio ainda. E a haver é apenas para uma parte que é menos de metade do que lá está. A chamada fase 1 do campus da Asprela e mais alguns edifícios, que corresponde a 40% do total do campus actual.

Têm então muito espaço livre actualmente...
Tem o que tem, tem espaço suficiente para acomodar a vinda da Escola da Saúde do IPP.

Podem coabitar todos os 1.400 alunos da católica e os dois mil do IPP que virão de Gaia?
Tranquilamente. Neste momento o campus está claramente sobredimensionado.

Porque se avançou então tanto com a construção, levando a esse sobredimensionamento das instalações?
Perspectivava-se um crescimento grande para investigação em 2005... Já tínhamos muita área, mas nessa altura começou a expansão que levou à actual capacidade instalada.
Faz sentido coabitarmos com uma instituição parceira na área da saúde. É estratégico.

Estratégico em que sentido?
Se juntarmos o que o IPP tem na área da Saúde com o melhor grupo de investigação em biotecnologia do País, só têm ambos a ganhar.

Qual foi então a motivação para o negócio, além do facto de terem muito espaço disponível?
Havia uma necessidade da parte do IPP, que precisava de um espaço e é na Asprela que está a sede do IPP, está ali ao lado. O IPP quer afirmar-se nesse sector, tem essa necessidade e encontra um espaço e um parceiro na Asprela.
Quanto a nós temos área disponível e se nos juntarmos a outros ficamos mais fortes. Isto é exemplar, é aquilo de que o País precisa.

E o dinheiro dá jeito.
Isso é uma decisão da Reitoria da Católica, de quem está acima de nós. Mas acredito que sim.

Em resumo, está a dizer que ficará tudo igual?
Ficará melhor porque ainda podemos investir algum.

Que investimento é esse, que necessidades têm?
Essa não é a minha área.

Quando é que estimam que se concretize a transferência?
Nunca será antes de Outubro de 2014 porque são precisas intervenções e adaptações da parte do IPP.

Que adaptações são essas e quanto custarão ao IPP?
Não sei. Obviamente são precisas adaptações e não se fazem de um dia para o outro. E ninguém desampara a loja de um dia para o outro, requer tempo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Comunicado da Direção da ESB


Caros associados e amigos,

Na sequência de uma notícia que circulou na Comunicação Social, levantaram-se dúvidas e preocupações em alguns espíritos sobre o futuro do espaço universitário instalado no Campus da Asprela.
Rapidamente recebemos da parte da ESB um esclarecimento e correspondente pedido de divulgação pelos antigos alunos da comunicação que se segue:

Na sequência da notícia do Jornal de Negócios, a Direção da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) vem informar o seguinte:

1.       A ESB da Católica Porto, face ao volume de construções desenvolvidas nos últimos anos, dispõe de espaços disponíveis para utilização. Nesse sentido, está a ser negociada uma parceria com o Instituto Politécnico do Porto (IPP) para uma utilização por esta instituição de alguns desses espaços, para as atividades da sua Escola Superior de Tecnologias da Saúde.
2.       Esta parceria prevê ainda a articulação conjunta de áreas de investigação comuns, com vantagens no reforço da capacidade de I+D+i neste domínio para ambas as instituições.
3.       A eventual parceria com o IPP, a concretizar-se, refere-se apenas a uma parte do Campus da Asprela, que não condiciona a continuidade das atividades de ensino e investigação da Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto.

A Direção da ESB”.

Da parte da Associação de Antigos Alunos temos acompanhado este assunto nos últimos dois anos, em reuniões com a Direção da ESB, e numa discussão pública durante um dos encontros das Redes Profissionais para o Futuro, que contou com a presença do professor Emídio Gomes.
Em relação à notícia em causa, queremos notar que os orgãos responsáveis da Católica Porto já esclareceram os vários pontos que consideram sem fundamento.
Já hoje o Negócios regressou ao tema com uma entrevista ao Director da ESB, Professor Emídio Gomes, em que o cenário e o propósito da negociação da parceria com o IPP, há muito conhecida, aparece finalmente e convenientemente explicado.

Cabe-nos também reforçar que, entendendo que os tempos exigem prosseguir com a reestruturação e racionalização dos espaços da Asprela, desejamos que os projectos para o futuro permitam manter a ESB como organismo de referência do panorama da Universidade e da Ciência em Portugal.

Na Associação de Antigos Alunos continuaremos totalmente empenhados nesse propósito, e disponíveis para toda a colaboração que nos seja requerida.

A Direcção da AAA


EDIT: inicialmente contendo apenas a comunicação da Direcção da ESB, este post foi actualizado com o conteúdo do email sobre o mesmo tema, que entretanto se entendeu oportuno enviar aos Associados.